Informação Útil


Geografia

Moçambique localiza-se na Costa Sudeste do Continente Africano, tendo como limites: a Leste o Oceano Índico, a Norte a Tanzânia, o Malawi e a Zâmbia, a Oeste o Zimbabwé e a África do Sul, e a Sul este último País e a Swazilândia.
Com uma superfície total de 799 380 Km^2, estende-se no sentido Norte-Sul voltado para o Índico com que se confronta ao longo de 2515 Km de linha de costa. Estreitando de Norte para Sul, atinge a sua largura máxima no Centro Norte, entre a Costa e a confluência dos rios Aruângua e Zambeze e a menor a Sul, de apenas 47,5 Km, na zona da Namaacha.
Dispõe-se em anfiteatro a partir da zona litoral, onde cerca de 40% do território com uma altitude que varia dos 0 aos 200 metros, a que se segue, na região que abrange as áreas de Cabo Delgado, de Nampula e interior de Inhambane, uma zona de planaltos com altitudes entre os 200 a 600 metros, que se prolonga, entre Manica e Sofala, por uma região mais elevada com altitudes que atingem os 1 000 metros.
Esta zona é continuada junto à fronteira terrestre por uma região montanhosa onde se encontram os pontos mais altos do País, 2 436 metros no maciço de Massururero na escarpa de Manica e Sofala, 2 419 metros nos Picos Namuli e 2 000 metros na Serra de Gorongosa.
A disposição orográfica associada a um clima tropical origina numerosos rios que correm em paralelo para o Oceano Índico.

História

Os povos primitivos de Moçambique foram os Bosquímanes. Entre os anos 200 a 300 DC, ocorreram as grandes migrações de povos Bantu, oriundos da região dos Grandes Lagos a Norte que empurraram os povos locais para regiões mais pobres a Sul.
Nos finais do séc. VI, surgiram nas zonas costeiras os primeiros entrepostos comerciais patrocinados pelos Swahilárabes que procuravam essencialmente a troca de artigos vários pelo ouro, ferro e cobre vindos do interior.
No séc. XV, inicia-se a penetração portuguesa com a chegada de Pêro da Covilhã às costas moçambicanas e o desembarque de Vasco da Gama na Ilha de Moçambique.
Desde 1502 até meados do séc. XVIII, os interesses portugueses em Moçambique estavam sob a administração da Índia Portuguesa.
De início, os portugueses criaram “feitorias” com objetivos meramente comerciais, a que se seguiu a fixação no litoral, onde construíram, em 1505, a fortaleza de Sofala e, em 1507, a fortaleza na Ilha de Moçambique. Só alguns anos mais tarde, na tentativa de dominarem as zonas produtoras de ouro, se aventuraram para o interior onde estabeleceram novas feitorias. Às feitorias, sucederam-se nos finais do séc. XVII os “ prazos” no Vale do Zambeze, uma espécie de feudos doados ou conquistados e que constituíram o primeiro estágio da colonização portuguesa.
Com a extinção dos “prazos” em 1832, por decreto régio, e com a emergência dos estados militares, iniciou-se o comércio de escravos que se manteve mesmo após a abolição da escravatura nas Colónias, em 1869. A partilha de África decidida na Conferência de Berlim em 1884/1885 obrigava os portugueses a uma ocupação efectiva de todo o território limitado pelas fronteiras reconhecidas naquela Conferência.
Perante a incapacidade financeira e militar para tornar efetiva aquela ocupação, Portugal cedeu os seus direitos de gerir grande parte de Moçambique a companhias magestáticas que até ao final dos anos 30 do séc. XX passaram a explorar os recursos agrícolas e a mão-de-obra do País. No entanto, a ocupação colonial nunca foi pacífica, tendo-se verificado até ao início do Séc. XX forte resistência por parte de vários chefes tribais como Mawewe, Ngungunhana, Komala e outros.
À semelhança do que aconteceu noutras colónias portuguesas, também Moçambique se levantou contra a ocupação colonial portuguesa, iniciando a 25 de Setembro de 1964 a luta armada conduzida pela FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique – organização que aglutinou os 3 movimentos criados no exílio então existentes. Durante a luta pela libertação, lideraram o Movimento, primeiro, Eduardo Chivambo Mondlane e, após a sua morte a 3 de Fevereiro de 1969, Samora Moisés Machel que assumiu a Presidência da República a 25 de Junho de 1975.
A partir de 1977, a RENAMO - Resistência Nacional de Moçambique – iniciou uma guerra civil que só terminou em 1992 com a assinatura do acordo de paz entre os dois Movimentos. Em 1994 tiveram lugar as primeiras eleições ganhas pelo Presidente Joaquim Alberto Chissano que tinha sucedido a Samora Machel na Direcção da FRELIMO e na Presidência da República após a morte deste num acidente de aviação na vizinha Africa do Sul.
Presentemente Moçambique é um País democrático, com a realização de eleições livres nos prazos previstos na Constituição, tendo as últimas ocorridas sem qualquer incidente de relevo em Dezembro de 2004 em que foi eleito Presidente da República Armando Emílio Guebuza, também da Frelimo.

Como chegar?

Moçambique tem uma rede de aeroportos que permite a deslocação rápida e segura para qualquer parte do País.
Os aeroportos de Maputo, Beira e Nampula estão abertos ao tráfego internacional e os de Pemba e Vilanculos ao tráfego regional. A Moçambique chegam regularmente voos da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique; SAA – South Africa Airlines; Air Zimbabwe; TAP – Air Portugal; Air Mauritius.
Pode-se também chegar através dos Portos de Maputo, Beira, Nacala e Pemba.

Vistos

Para entrar no País é necessário um visto emitido por um Consulado ou Embaixada de Moçambique, sendo necessário para a sua obtenção a apresentação do passaporte, duas fotografias e o preenchimento de um formulário.
Os vistos também podem ser obtidos junto das fronteiras para estadia até 30 dias. África do Sul, Swazilândia, Malawi, Tanzania e Zimbabwe na base de acordos estão isentos de vistos.
À chegada a Moçambique o visitante deverá declarar os artigos sujeitos a taxas aduaneiras. Estão isentos destas taxas e demais imposições aduaneiras: Objectos de uso pessoal tais como vestuário, livros, máquinas fotográficas e de filmar; bens contidos na bagagem dos visitantes até aos seguintes limites:
Tabaco: 400 cigarros ou 100 cigarrilhas ou 50 charutos ou 250 gramas de tabaco para fumar;
Bebidas alcoólicas: 1 litro de espirituosas e 2,25l de vinho;
Perfumes: 50ml de perfume;
Especialidades farmacêuticas: quantidades razoáveis para o consumo próprio;
Outros artigos cujo valor não exceda os USD 50. São proibidos os narcóticos e material pornográfico.
O transporte de armas necessita de uma licença especial.
Para qualquer pagamento feito à Alfândega, deve ser solicitado o correspondente recibo.

Clima

O clima em Moçambique, influenciado pelas monções do Oceano Índico e pela corrente quente do Canal de Moçambique, é de uma maneira geral, tropical e húmido, com uma estação seca que, no Centro/Norte, varia de quatro a seis meses enquanto no Sul, com clima tropical seco, se prolonga por seis a nove meses.
As chuvas ocorrem entre Outubro e Abril.
Nas montanhas, o clima é tropical de altitude.
As temperaturas médias são da ordem dos 20º no Sul, enquanto a Norte esse indicador ronda os 26º.
As temperaturas mais elevadas verificam-se na época das chuvas.


Moeda

A moeda local é o Metical
O Rand sul-africano e o Dólar norte-americano também são aceitáveis em muitos locais.
Aceitam-se cartões de crédito VISA, Mastercard, AMEX e Traveller Cheques.
1 MZN = 0,02562 €
1 MZN = 0,03401 USD
1 MZN = 0,07290 R$

Feriados

1 de Janeiro – Ano Novo
3 de Fevereiro – Dia dos Heróis Moçambicanos
7 de Abril – Dia da Mulher Moçambicana
1 de Maio – Dia do Trabalhador
25 de Junho – Dia da Independência
7 de Setembro – Dia dos Acordos de Lusaka
25 de Setembro – Dia das Forças Armadas
4 de Outubro – Dia da Paz
25 de Dezembro – Dia da Família

Indicativos

O código internacional de ligação para Moçambique é 00258.

Saúde

Para entrar no País é necessário apresentar o certificado de vacinação contra a febre-amarela.
Durante a estadia devem-se tomar medidas para evitar picadas de mosquitos e cuidados no consumo de alimentos e de água, por forma a minimizar os riscos de transtornos intestinais frequentes em zonas tropicais.
Em caso de necessidade de cuidados de saúde imediatos, devem recorrer aos hospitais, centros de saúde ou clínicas.

 

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