Os vencedores do 1.º Concurso de Fotografia CIALP foram anunciados em julho de 2019. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) atribuiu apoio institucional a este primeiro “Concurso de Fotografia – Património Habitado no Mundo Lusófono”, organizado pelo Conselho Internacional dos Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP).
O concurso dividiu-se nas categorias: estudantes de Arquitetura; Arquitetos e; Público-em-geral de todos os países da CPLP.
Na categoria Arquitectos, foi premiada a fotografia “Fortaleza D. Sebastião na Ilha de Moçambique” (Arcadas das camaratas dos soldados), da autoria de Nuno Simão Gonçalves (Portugal). O júri considerou "(…) a obra mais expressiva do conjunto de obras apresentadas por arquitectos. A precisão do enquadramento e o equilíbrio da composição valorizam a obra. A exposição do estado de conservação do edifício, associado à solidão transmitida pela presença de uma silhueta humana, (…) auxilia na transmissão da mensagem de “património abandonado”, apropriada à atenção que este importante conjunto de edifícios recebe, tendo em vista a sua contribuição na história da construção de um país. (…)".
Na categoria Estudantes de Arquitectura, venceu a fotografia “Hotel Majestic / Casa de Cultura Mario Quintana”, da autoria de Gabriel Guerra Konrath (Brasil), uma vez que "(…) tem qualidades técnicas e estéticas. (…) o poder que o edificado tem na geração do espaço público que, através das suas proporções e cor, qualifica e condiciona a utilização do espaço, permitindo que o “património” seja “habitado” de forma contínua e muitas vezes inusitadas, característica fundamental para a preservação da sua relevância ao longo do tempo. (…)", observou o júri.
Na categoria Público-em-geral, a fotografia vencedora foi “Rodando”, da autoria de António Alves Tendim (Portugal). O júri afirmou que, “(…) em relação a esta obra, o júri destaca especialmente a singularidade da composição, sem dúvida uma das melhores a concorrer no presente concurso. (…)”
O concurso pretendeu “reunir um conjunto de imagens que comuniquem as várias dimensões da cultura lusófona, múltipla, híbrida, local e atravessada por oceanos, de modo a construir um mosaico que ilustra a multiplicidade e extensão da cultura e património partilhados pelos países e territórios que falam a/se exprimem em/ língua portuguesa”, refere a CIALP.
O júri, constituído por Gelson Bruno dos Santos Dias (Angola), Joana França (Brasil), Francisco Ricarte (Macau), Pedro Tomás (Moçambique) e Fernando Guerra, presidente do Júri (Portugal), avaliou um total de 97 candidaturas.
Trata-se de uma iniciativa enquadrada pela Comissão Temática do Ambiente, Cidades e Territórios dos Observadores Consultivos da CPLP, a qual evidenciou uma categoria - “Estudantes de Arquitectura” - inserida no âmbito da participação destas Comissões Temáticas no “Ano da CPLP para a Juventude – 2019”.
A CIALP detém a categoria de Observador Consultivo da CPLP, atribuída na XVIII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, decorrida a 18 de julho de 2013, em Maputo.